De acordo com um novo estudo da Harvard Medical School, nos Estados Unidos, mulheres que bebem cerveja com frequência têm mais chances de desenvolver psoríase, uma doença de pele crônica, que faz a pele descamar e forma uma espécie de relevo avermelhado. A pesquisa analisou dados de mais de 82 mil mulheres, com idades entre 27 e 44 anos, e seus hábitos de consumo de álcool durante seis anos.
Os pesquisadores observaram um aumento de 72% no risco de psoríase entre as mulheres que bebiam mais do que uma média de 2,3 cervejas por semana em relação às mulheres que não bebiam. Para as mulheres que bebiam cinco copos de cerveja por semana, o risco era 130% maior. No entanto, as mulheres que bebiam qualquer quantidade de cerveja não alcoólica, vinho ou bebidas destiladas não apresentaram um aumento do risco de desenvolver psoríase.
Alguns componentes não-alcoólicos da cerveja, que não são encontrados no vinho ou nos destilados, pode estar relacionado ao surgimento da psoríase, de acordo com os pesquisadores. O estudo, publicado na revista especializada Archives of Dermatology, sugere que a causa do aumento no risco de psoríase pode ser o glúten da cevada, usada na fermentação da cerveja. De acordo com o estudo, as pessoas com psoríase podem ter uma sensibilidade maior ao glúten.
Entenda a psoríase
As áreas de atrito da pele, como cotovelos e joelhos, são o foco do problema. Mas ele também afeta o couro cabeludo, as palmas e as plantas das mãos, os pés e unhas. Para o diagnóstico, os médicos pedem uma biópsia de pele. A investigação do histórico familiar também conta, já que a maioria dos casos tem origem genética. “O fator emocional não causa a psoríase, mas detona as crises quando o paciente tem predisposição. Drogas, infecções e alterações hormonais também podem desencadear a formação das escamas”, afirma o dermatologista Cesar Cuono.
Segundo o médico, existem casos de psoríase, conhecidos como severos, que levam a deformidades das articulações, por isso o tratamento é essencial. Os cremes à base de cortisona ajudam no combate das manchas, mas há outros métodos indicados, como os banhos de luz ultravioleta ou de sol. Remédios imunossupressores e derivados da vitamina A, conhecidos como retinoides (que são da mesma espécie dos que tratam a acne) também controlam o problema.
Fonte: Minha Vida